Durante quase todo o jogo frente ao Grêmio Prudente o treinador Mário Sergio foi vaiado, chamado de burro e mandaram ele tomar naquele lugar. No final do jogo em declaração a imprensa o técnico insinuou que aquela manifestação da torcida era coisa induzida. É querer tirar o braço da seringa. Ninguém consegue induzir uma massa quando se está realizando um bom trabalho. É óbvio. O que falta ao Mário é humildade para reconhecer que até o momento não acrescentou nada do que o time vinha apresentando, muito pelo contrário, conseguiu desestabilizar um setor que era cantado em prosa e verso como o melhor do brasileirão, a sua defesa.
Nunca explicou direito o afastamento de 12 jogadores sem nunca tê-los visto jogar. Desse grupo 3 eram laterais direito. Hoje só tem o Osiel. Quando não joga improvisa um. Ernanes era o titular da posição e de uma hora pra outra nem no banco vai. Mudou o sistema tático da equipe passando a trabalhar com 3 zagueiros, introduzindo o Diego Sacoman. Meteu Camilo no time para exercer uma função que até hoje não se sabe qual, e por ai vai. Dentro desse esquema e com alas improvisadas fica difícil chegar na frente.
Então, a manifestação da torcida foi espontânea, coerente, justa e mostrou insatisfação da barafunda que introduziu no time. O torcedor é sábio. Ele não está querendo dizer que está chateado com o afastamento do G-4. Não é o caso. Seria muita pretensão. O que ela não aceita é que alguém que chegou para acrescentar algo e que até agora não conseguiu, venha com invenções prejudicar o que tinha de mais sólido o setor defensivo.
A verdade é que já foi criado uma incompatibilidade da torcida com o treinador. Só vitórias seguidas reverterão o quadro, o que acho muito difícil, mesmo com a chegada de alguns reforços. A queda das arrecadações está provando o afastamento da sua torcida. É uma pena, afinal a campanha projetava algo melhor e que agora caminha para um futuro incerto e perigoso.
A diretoria tem que acordar para a realidade. Não adianta querer tapar o sol com a peneira!
