O Ceará e o recesso…

Muito se tem falado de que o alvinegro não é mais o mesmo em relação ao que produzira antes do recesso para a Copa do Mundo. Em parte isso é verdade. Senão vejamos: nas 3 primeiras rodadas de 9 pontos, acabou faturando 7. Bom índice. No reinício de 9, faturou 2. Muito ruim. O que aconteceu? Vamos por etapas: a) A saída de PC Gusmão. Quer queiram ou não dá reflexo. Troca de comando altera o perfil. É natural, mesmo mantendo praticamente o mesmo time e a forma de jogar. b) A parada da sequência de jogos tira um pouco do embalo do ritmo adquirido. Reforça a forma física, atlética, mas muda o foco de jogo coletivo. c) Nesse intervalo os times adversários tiveram tempo de uma melhor recuperação atlética como também de reforços. d) Conscientização de que daqui prá frente não poderão titubear, senão serão pontos irrecuperáveis.

A soma desses fatores acrescido de um problema crônico advindo desde a etapa anterior, a falta de um homem matador, eminentemente de área e sem ter um jogador que faça um elo de ligação e dê a assistência necessária aos homens de frente, acaba colocando a artilharia do Ceará no patamar de a pior do campeonato até aqui.

A saída de Geraldo e a entrada de Tony e Érick Flores no jogo com o Palmeiras melhorou um pouco o padrão ofensivo, mas longe daquilo que é preciso apresentar prá dá confiança ao torcedor. Magno Alves, Camilo são opções e esperanças de que algo pode ser mudado. A responsabilidade de Estevam Soares é grande. Os setores deficientes estão claros, basta somente tomar iniciativas firmes afim de atingir os objetivos. Se mostrar insegurança, falta de personalidade, perderá o comando do barco. É chegada a hora de se saber até que ponto a sua voz se fará sentir em todos os segmentos do Ceará. Quem sabe faz a hora, não deixa acontecer. Mãos à obra, pois a hora da onça beber água está bem mais próxima do que muita gente pensa.