'Vou para a CBF para esclarecer tudo', afirma Del Nero. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, está no Brasil. O dirigente
desembarcou nesta sexta-feira, no aeroporto do Galeão, no Rio, às 4h40,
em um voo vindo de Frankfurt, na Alemanha. Ele deixou o Congresso da
Fifa, realizado em Zurique (Suíça), na quinta, em meio ao maior
escândalo de corrupção do futebol.
Del Nero foi breve nas
declarações ao desembarcar. "Vou para casa e tomar banho. Depois, vou
para a CBF para esclarecer tudo", afirmou.
O nome do presidente da
CBF não é citado nominalmente no documento divulgado pela Justiça
norte-americana na quarta-feira, mas a reportagem apurou que Del Nero
faz parte das investigações de fraude e corrupção, embora não tenha sido
convocado a depôr e não exista um pedido de prisão contra ele.
O
dirigente deve ser o principal alvo da CPI no Senado para investigar
crimes de corrupção na CBF. O senador Romário (PSB-RJ) é o autor do
requerimento e já avisou que Del Nero será o primeiro convocado. "Assim
como o Marin, comprovadamente um ladrão, ainda temos que tirar outro
câncer do futebol, o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero",
disse.
O Ministério da Justiça também informou na quinta-feira que
será aberto um inquérito pela Polícia Federal para investigar se foi
praticado crime no Brasil relacionado ao escândalo da Fifa. A
investigação, que irá correr na Superintendência da Polícia Federal no
Rio, vai apurar possíveis práticas de evasão de divisas e de lavagem de
dinheiro.
A CBF, inclusive, se antecipou e decidiu não esperar
pela visita dos agentes da Polícia Federal (PF) e optou por entregar "de
forma espontânea" ao Ministério Público Federal (MPF) os contratos
firmados nos últimos anos. A informação foi divulgada em nota pela
entidade no início da noite de quinta-feira.
Del Nero vai se
reunir com os outros dirigentes da CBF nesta sexta-feira e, após o
encontro, deve conceder uma entrevista coletiva.
EM ZURIQUE -
Joseph Blatter, presidente da Fifa, abriu o Congresso anual da Fifa
apelando por "unidade" e se recusa a aceitar a responsabilidade pela
crise. Nesta sexta-feira, ele concorre a um quinto mandato à frente da
entidade.
Um dia depois da avalanche de denúncias sobre membros do alto escalão da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados), um importante membro deixou o Congresso Anual da entidade. Marco Polo Del Nero, atual presidente da Confederação Brasileiro de Futebol, se retirou do local e deixará a Suíça nas próximas horas, abdicando de votar no pleito que definirá o novo presidente da entidade.
O principal mandatário da CBF deixou o hotel durante o final da tarde desta quinta-feira, na Suíça. De acordo com informações do colaborador da ESPN, Jamil Chade, Del Nero deixou completamente de lado as atividades do congresso da entidade para retornar ao Brasil. O dirigente, desta forma, não participará das eleições para a nova presidência da Fifa, marcadas para esta sexta-feira.
Marco Polo Del Nero surgia como um
dos suspeitos ‘não-nomeados' pelo relatório divulgado pelo Departamento
de Justiça dos Estados Unidos. No documento, poucas autoridades são
devidamente registradas com nome e sobrenome; justamente os presos na
operação da última quarta-feira.
A proximidade do atual mandatário
da CBF com o antecessor, José Maria Marin - preso na última
quarta-feira em meio à operação do FBI com a polícia suíça -, complica o
atual presidente, que deve ser convocado, no mínimo, para prestar
esclarecimentos sobre o assunto.
Outro ponto decisivo é o esquema
revelado com a Traffic e a Klever para negociar a venda dos direitos
comerciais sobre a Copa do Brasil. No documento, José Maria Marin pede
para as duas empresas interromperem o pagamento ao antecessor - Ricardo
Teixeira - e envolver um novo nome, tratado como o ‘co-conspirador 12' e
descrito de maneira semelhante a Teixeira.
Fora o esquema na
principal competição do mata-mata nacional, Marco Polo Del Nero, ao
assumir o cargo máximo na CBF, garantiu continuar a administração
deixada pelo antecessor; no caso, José Maria Marin.
A Confederação
Brasileira de Futebol não divulgou maiores informações sobre o assunto
até o momento. Marco Polo Del Nero, em meio ao escândalo, saiu em defesa
de Marin, já detido na Suíça, e acusou Ricardo Teixeira como os
responsável pelos negócios ilegais nos contratos firmados pela entidade
mais importante do futebol nacional.
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